Arquivo - Categoria: Uncategorized

Oscar 2014

Os filmes: 12 Anos de Escravidão Parece previsível, nessa altura, a vitória de “12 Anos de Escravidão”, mas não me perguntem por quê. Me pareceu um filme quadrado, que joga fora aquilo que sugere de melhor, a saber: o protagonista, negro e músico, é basicamente um alienado. Está feliz com sua profissão e sua família.(…)

O estado das letras

Um ilustre dossiê sobre o estado das letras é o que publicou a Ilustríssima de domingo. Pego, de lembrança, a observação que me parece mais profunda: Alcir Pécora sustenta, não é de hoje, que a literatura perdeu a centralidade. Isso poderia ser estendido, aliàs, às artes em geral, com exceção das artes culinárias. Também o(…)

A Imagem que Falta

No meio da projeção de “A Imagem que Falta” me ocorre uma coisa absurda: como são parecidos Pol Pot e Sheherazade. Porque os dois são “do  Bem”. Ambos querem o melhor para seu povo. Ambos querem sanear a nação. Mas ambos caminham no sentido do horror. Pol Pot é mais estranho. Ele e a turma(…)

Coutinho, o filme

Um filme paradoxal, esse “Coutinho” de Carlos Nader. Ele se compõe de uma entrevista com o diretor e trechos de seus filmes. O estranho, no caso, é que Coutinho está mais nos trechos de filmes apresentados do que na própria entrevista. Não é vergonha para o entrevistador, nem para ninguém. É que é como se(…)

Tropa de um robô só

Estranho filme, o novo “Robocop”. Se fosse comparar com o primeiro, seria constrangedor, mas não humilhante. Agora, parece um filme feito à feição de José Padilha. É quase um Tropa de Elite em ficção científica. Todos os elementos estão lá: a violência nas ruas, a corrupção policial, o tráfico (de armas, no caso), a solidão(…)

Um rosto na multidão

Eu não me canso de olhar para os dois rapazes que provocaram a morte do cinegrafista durante uma manifestação. Sobretudo o Raposo, o Fox: sozinho, ele parece um seminarista. Deve ser dessas pessoas com quem se cruza e nem se nota a presença. Em grupo, pode sim matar alguém. Não que os dois tenham deliberadamente(…)

Um Bom Domingo (na escrita)

1. O artigo de Francisco Foot Hardman na Ilustríssima de ontem mostra que vem por aí uma pesquisa de nível internacional sobre Antonioni. Na verdade, a inveja no caso não é da pesquisa, é que o Foot está há meses em Bologna passa todo dia na Cineteca, essas coisas. A pena é que não estará(…)

Para o fim de semana

Ok, quem quiser estar em dia com a atualidade não precisa nem se mexer: a quantidade de filmes do Oscar que está passando é absurda. Voltarei a eles. Mas para quem quer ficar desatualizado eu sugiro dar uma olhada na mostra Verão de Clássicos, na Cinemateca Brasileira. Eles vão passar “O Espírito da Colméia”, o(…)

Lugar marcado não dá pé

A legislação (ou hábito) de marcar o lugar das poltronas é a coisa mais desagradável que o cinema produziu desde “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson. Perdemos o gosto pelas filas, tão paulista. E nas filas às vezes encontrávamos velhos conhecidos, fazíamos amizades. Isso só serve a quem vende ingressos pela internet. Mas vá(…)

Não é nazismo

Não é Nazismo. Ainda não. Yvonne Bezerra vs. Sheherazade é a batalha do momento. Direitos humanos vs. “Adote um Bandido”. Yvonne Bezerra é a diretora de Ong que tirou o assaltante preso num poste no Rio de Janeiro. Sheherazade, a cara do Brasil Profundo. Yvonne eu nunca vi na TV. Sheherazade destoa de suas palavras.(…)