Com a generosidade e a erudição de sempre, João Carlos Rodrigues esclarece minhas dúvidas: o que fez Riccardo Freda, cineasta de enorme sucesso na época, desembarcar no Brasil no final dos anos 1940? Bem, existe um longo e precioso artigo dele numa Filme Cultura (nova fase, enterrada na gestão Marta Suplicy, diga-se de passagem) a(…)
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Para acabar com Bolonha 2014-Parte 2
RENOIR Embora já esteja meio carne de vaca, é sempre fantástico ver “Um Dia no Campo” em tela grande. E o restauro está muito bom. Também “A Cadela” restaurado! Ave! Maravilhoso filme em que eu não esperava que a teatralidade de Renoir, em seu primeiro sonoro, estivesse tão presente. Mas está. Acho que é quase(…)
Para acabar com Bolonha 2014- Parte 1
Última – O Japão no começo do sonoro Um pouco era ridículo: “Filho Único” do Ozu? Sim, foi o primeiro sonoro do Ozu, mas eles já tinham passado há dois anos. Entrou em cartaz em Paris, provavelmente em NY e LA. Qual o sentido de voltar a isso? Os Yasujiro Shimazu, sim, são importantes, porque(…)
Pausa teatral
Havia alguém grande do teatro mundial a que eu nunca assistira. Já vi Strehler, Peter Brook, Bob Wilson – faltava Ariane Mnouchkine. Não é fácil ir até ela e seu grupo, na Cartoucherie. É do outro lado de onde estou, aqui no proletário metrô Guy Mocquet. Mas seu Macbeth é algo extraordinário, que trabalha todos(…)
André Setaro
Ah, não! Andre Setaro, não! Fico sabendo por Marcelo Miranda que foi um infarto agudo de miocárdio. Desta vez a perda é nossa: da observação, da análise, do discurso sobre o cinema. Eu o conheci em Tiradentes. Naquele calor, sempre de óculos escuros e calca comprida, nunca uma bermuda. Um tipo estranho, todos se diziam.(…)
Ritrovato
Meu entusiasmo pelo Cinema Ritrovato de Bolonha, este ano, está meio mitigado, o que não significa que não houvesse muita coisa a ver. Mas a programação era estranha: tinha horas de nada a ver e horas congestionadas de coisas que todo mundo estava a fim de ver. Um resumo rápido. Riccardo Freda – Quem sabe(…)
Nós, os mimados
Quando eu digo que os brasileiros são mimados; não me excluo. Somos tratados de maneira senhorial, acima de certo nível econômico. Os caras aqui passaram pela carnificina da Guerra e depois da outra guerra. Passaram por racionamentos de todos os tipos. Então, em Milão; todo mundo faz meia hora de fila para comprar uma passagem(…)
Godard, urgente
“A Morte da Linguagem” me pareceu um filme da urgência. Da emergência mesmo. Por isso passa na frente do Ritrovato. 3D. E de novo um navio. Só que menor, de passeio: E dentro essas pessoas, velhas em geral, com ar de perdidas. E também um cachorro. Pra cá e pra lá. E um mundo que(…)
O problema por aqui
Do que vi, houve sessão fabulosa de Max Linder. Pela primeira vez deu para eu entender em toda a extensão o quanto era talentoso o comediante francês. Uma sessão muito boa: além de Linder buscou várias artes que encantaram Chaplin e marcaram Carlitos. Do balé ao malabarismo. Está tudo nos filmes. Mas o que mais(…)
A Copa vista de longe
Estranha agonia: na Itália a gente se sente sozinho enquanto o jogo acontece. Principalmente se tratando desse time, que vai aos trancos e barrancos. E os estrangeiros, claro, torcendo pelo Chile. Que a bem da verdade era muito mais claro em termos de propósito e de jogo. E estrangeiros torcendo contra o Brasil. Pelo mais(…)