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Se Todos os Homens do Mundo

  Esse é o nome do primeiro filme que me fez amar o cinema. Antes houve a Sessão Zig-Zag: metade do prazer vinha do Tom&Jerry, metade porque meu pai é que me levava aos domingos, no cine Rio, que depois virou Teatro Record Consolação e depois foi destruído num incêndio muito estranho. “Se Todos os(…)

Magias de Woody Allen

Há uma coisa que eu gosto nos filmes de Woody Allen, que são as aberturas. Sempre o mesmo tipo de letra, o mesmo tipo de música. Mas não necessariamente o mesmo tipo de filme. Em alguns, como “Magia ao Luar”, o tema é a arte e o artista. Ou antes, a dúvida: será o artista(…)

Amazon, perigo à vista

Segundo uma matéria da Zero Hora, dez entre cada dez ratos de livraria têm um motivo para sorrir, porque a Amazon passa a vender livros físicos no Brasil. Talvez eu seja o 11º. desses ratos raros, e não vejo motivo algum para riso. Por onde passa, a Amazon destrói livrarias. E já temos aqui o(…)

Notícias do Mercado

Mais uma decepção este ano: “O Mercado de Notícias”. Digo isso porque o jornalismo é um assunto caro ao Jorge Furtado e o Jorge Furtado é um cineasta inteligente e talentoso. E já mostrou em várias ocasiões (por escrito, em geral) que não bota a menor fé no que vê publicado, a maior parte das(…)

O médico e o monstro

Tudo bem que o dr. Abdelmassih seja preso. Mas esse fato policial não me interessa além disso que ele é. O espantoso é como o espírito de polícia disseminou-se na população. Talvez mais aqui em São Paulo do que no resto do mundo, mas tenho a impressão de que o mundo também não vai lá(…)

No terapeuta

Passei pela “Sessão de Terapia”. Por quanto tempo? Dois minutos, um minuto, trinta segundos? Não importa: bastou pouquíssimo tempo para que eu não conseguisse compreender, nem de longe, porque esse programa ganhou um segundo ano de existência. Não sei como a coisa acontece no resto do mundo. Aqui temos um terapeuta com cara de quem(…)

O Mal amado – cap. 2

Ninguém gosta do Haddad. Os inimigos do PT porque ele é do PT. Os caras do PT porque ele não é suficientemente do PT. Os choferes de táxi porque não gostam de nenhum prefeito. Bem, acho que por tudo isso mesmo eu gosto do Haddad. São Paulo tem isso: vive falando mal dos políticos. Mas(…)

Os mal-amados

O primeiro, Robin Williams: preferência sempre para quem faz a chamada última viagem. Podia ser adorável e detestável. Detestável quando o papel explorava esse lado chorão, sentimentalóide que caracteriza tantos de seus personagens. Inclusive aquele professor sabidão de “Sociedade dos Poetas Mortos”. Ninguém sabe nada. Quando acredita que sabe a pessoa está preparando uma catástrofe.(…)

Abismos da notícia

De vez em quando algum de nós, jornalistas, se afunda nesses abismos da notícia: um buraco negro que o cara é capaz de pressentir, mas ainda assim se afunda. Depois, só resta a vergonha. Se sobrar algo. Aconteceu há alguns meses isso com Mario Sergio Conti, que viu um Felipão durante um voo e logo(…)