Está claro que Jogos Vorazes não é um grande filme. Mas foi um “fenômeno”, como se diz. E agora há sequências ocupando (desgraçadamente) uma quantidade imoral de salas brasileiras. O que posso entender é o interesse de adolescentes por isso. Trata-se de uma saga que remete a mitos clássicos (o Minotauro), realidades idem (Roma e(…)
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Mike Nichols
Mike Nichols ganhou um Oscar (no setor premiação levou de todos os tipos: Tonys e tudo mais). Ganhou por um filme que, visto hoje, parece pouco impressionante, meio morto, acomodatício numa época revolta. Mas não é isso que conta, ou isso conta muito menos que um conjunto de carreira sensacional na média. Não acertou sempre,(…)
Lobão e os fascistóides
Não vejo que vantagem levam os atores quando declaram voto em um candidato ou coisa assim. Lembro que Regina Duarte ficou marcada por conta daquela história do “eu estou com medo”. E houve quem ficasse mal por ter apoiado o Collor, ou não sei mais quem. Tudo que o ator tem a ganhar nesses(…)
Um ano para esquecer
Há uma coisa que às vezes é simples para quem escreve e outras vezes não é. Não falei muito bem do “Trinta” e no entanto me parece um filme que outras pessoas, que uma parte significativa do público pode ver sem se aborrecer, não sendo no entanto um filme no modelo estético Globo. É no(…)
Trinta
“Trinta” é um produto perfeitamente acabado disso que eu chamo de CAL -o cinema alienado brasileiro. Pois ali Paulo Machline nos fala dos anos 70 (1973,74), período de ditadura, tortura, censura, mas também de crescimento econômico acelerado. Ainda que se veja o Carnaval como um aspecto imortal e atemporal da cultura brasileira, me espanta um(…)
Dois Relatos Selvagens
1. É Relatos Selvagens mesmo, o filme argentino. Relutei em assistir, porque há muita unanimidade em torno dele. Mas fui e me diverti muito. É um filme de pequenas e agudas histórias, que na maior parte das vezes dão conta da enorme tensão social que existe na Argentina. Mas isso não impede, nunca, que vejamos(…)
Um pouco daquilo de que não entendo
Para começar, de teatro. Só na última semana pude assistir ao “Sylvia Plath”, na bela montagem de André Guerreiro Lopes. Ele já me havia impressionado como diretor e ator. Desta vez, a partir basicamente do roteiro de textos organizado por Gabriela Mellão, produziu um espetáculo em que entra tudo: projeções de texto, luzes, sombras, escuros,(…)
Depois da Mostra
Sim, voltamos à lenga-lenga. Embora exista a promessa de um Garrel (O Ciúme), mas a distribuidora nem vai fazer exibição prévia, pra se ter uma ideia da expectativa em torno do filme (que foi a Veneza e tal; mas aqui não tem conversa: estamos decididos a ser nação mais cinematograficamente boçal do universo). Mas o(…)
Sarajevo é aqui
“As Pontes de Sarajevo” é um filme de sketches que passou na Mostra. Como todo filme desse tipo, existe ali algo de aflitivo: são 13 segmentos, 13 visões desse lugar complexo que é Sarajevo, no passado e no presente. De um curta a outro você é jogado a cada cinco minutos para imagens e imaginações(…)
Erice, Oliveira e outros mais
Fico meio perdido no meio dos filmes, continuo perdido, quer dizer. Mas Victor Erice e Manoel de Oliveira são valores absolutamente seguros. A obra quase completa de Erice, os três longas que passaram, vão ficar muito tempo na memória de quem os viu (eu não revi o Sol do Marmelo, mas não se pode(…)