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O ar que vem de fora

Fellipe Barbosa informa que seu “Casa Grande” entrou em Paris com muito boa acolhida de imprensa. É uma notícia muito boa. Aos poucos, os melhores dessa geração vão abrindo caminhos, vão criando uma personalidade, digamos, nacional, algo capaz de representar uma imagem brasileira no exterior. Isso é importante, porque hoje os cineastas dignos estão meio(…)

Sangue sobre a neve

Na Noruega. Depois que o filho é morto, um empresário exemplar sai em busca de vingança. Desculpem, mas o primeiro filme de que lembrei foi “Desejo de Matar”. Mas não é ideológico como ele. Nem tolo. Não é ter um trabuco na mão e a convicção de que está fazendo justiça. Em “O Cidadão do(…)

A força da fé

Uma menina vestida de branco, saindo com a família de uma cerimônia de umbanda, recebe uma pedrada na cabeça de um crente neopentecostal. É um sinal muito ruim. Primeiro, de que nossos níveis de intolerância crescem de maneira assustadora. Não se concebe mais o outro como humano. É para ser atacado, dilacerado, literalmente demonizado. Ok,(…)

De Menor

É incrível como se pode vez por outra encontrar jornalismo de primeira, inesperadamente. Eu dava uma espiada no Uol, na quarta-feira, quando topei com a história de quatro meninos, menores, e havia ainda um de maior (não lembro se eram três menores e o maior, mas enfim…). Isso aconteceu numa pequena cidade chamada Castelo do(…)

Maximus Max

Máximo Max Todas as ideias do novo Mad Max estão nos primeiros quinze ou vinte minutos de filme. Neles reencontramos as belas paisagens desérticas dos primeiros filmes de George Miller para a série. Depois, há uma boa (e rápida) perseguição, onde reencontramos o clima dos filmes dos anos 1980. Chegamos, por fim, a uma espécie(…)

Boas novas na política

Primeiro foi Arnaldo Madeira, depois, se não me engano, Alberto Goldman. E, finalmente, Fernando Henrique: Todos os três abominaram os deputados de seu partido, o PSDB, por votarem contra o “fator previdenciário”. Não sei direito o que é isso, mas pelo que farejo é algo que diz respeito ao INSS e que prejudica seriamente suas(…)

Sangue Azul

Gostei de Sangue Azul mais do que imaginava que gostaria. E o que mais me impressionou é que, por pouco, poderia muito bem ser um filme alienado, um desses filmes fora do mundo. Mas existe ali um encontro de mitologias muito interessante: há o circo, um circo irreal, que não é o mambembe habitual, nem(…)

Twitter

Se há uma coisa perigosa no mundo, pior que a bomba atômica, é a interatividade. Menos por ela em si do que pelo que tem de intimidante. Todos nos sentimos na obrigação de ser interativos, de aceitar o diálogo amplo e blábláblá. O auge disso eu vejo no Guia da Folha, onde duas pessoas reclamam(…)

Orson Welles no Belas Artes

Se uma coisa decepcionante aconteceu no Belas Artes, no sábado, quando a fascinante Oja Kodar palestrou, depois da exibição de “F for Fake” (Verdades e Mentiras) de Orson Welles foi ver que a plateia não estava cheia. Não estava vazia também, é verdade. Mas, caramba, é um filme que passa raramente, um filme excepcional. E(…)

Fenômeno Invertido

Vício e virtude Entra na minha Quarentena email de um assessor de imprensa, nos seguintes termos: “O embaixador global do PokerStars e eterno camisa 9 da Seleção Brasileira Ronaldo Fenômeno aceitou o desafio e jogou o Nascido Pro Poker, série de desafios online interativos criados para detectar e medir as habilidades naturais fundamentais para se(…)