O horror, o horror, Haddad

Por Inácio Araujo
Morador de rua na cidade de São Paulo – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Morador de rua na cidade de São Paulo – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Não. Não o horror que vem de onde eu espero.

O que vem do Haddad, que eu sempre achei um cara criativo e interessante.

Ainda acho, mas…

O que aconteceu com os moradores de rua de São Paulo, com a sua Guarda Metropolitana tirando os poucos pertences das pessoas e, no frio assombroso que tivemos, deixando as pessoas no chão é um episódio vergonhoso.

E vergonhoso, talvez ainda mais, foi ele “se explicar” sobre algo que tinha falado.

Não importa o que falou ou deixou de falar. Vamos imaginar que tenha sido um terrível mal entendido.

O mínimo dos mínimos que eu esperava era um pedido solene, completo, memorável, repleto, de desculpas ao lado de ações emergenciais o mais enérgicas do mundo para resgatar esses moradores.

Não pode isso partir de alguém que tem justamente lutado para tornar o paulista mais civilizado um pouco, o que é, claro, luta meio inglória. Mas parece que o prefeito anda se deixando contaminar por nossa barbárie.