A Armênia de Guédiguian

Por Inácio Araujo

historiadaloucura

Boa estratégia, a de Robert Guédiguian para falar do massacre dos armênios pelos turcos em 1915.

Não entrar no fato em si, mas bordejá-lo. Evitar choradeira.

Começar em 1921, quando um ministro turco em 1915, agora no exílio, é morto por um sobrevivente do massacre.

Pular, depois, para os dias em que a Armênia era parte do império soviético, o que gera uma luta de libertação nacional.

Luta muito justa.

Até pelo menos que começam certos excessos; até que se começa a matar gente que não tem nada a ver com o peixe.

Ou seja, partindo da Armênia e sem nunca abandoná-la, o filme consegue chegar aos dias presentes, isto é, à questão o que é guerrilha, o que é movimento de libertação e o que é terrorismo puro e simples.

Uma discussão interessante em torno de palavras aceitas passivamente.

Amanpour

Nunca dei bola para o programa Amanpour, da CNN, porque tem nome de novela indiana…

Mas não é. Pelo que entendi é um programa de questões internacionais.

Acho que eu liguei junto com o Joaquim Barbosa.

Porque ele também falou disso: Glenn Greenwald, um repórter que já ganhou o Pulitzer, falava do Brasil (quer dizer: estava aqui). Do outro lado, estupefata, Christiane Amanpour parecia não acreditar.

Com que então, uma Câmara corrupta depõe por corrupção uma presidente que é das poucas pessoas da política sobre quem não pesa a acusação de corrupção.

Bem, que dizer a minhas amigas que queriam seu país de volta?

Ei-lo.