É um tanto inquietante o que leio no Facebook sobre a morte de Vitor Ângelo, colega jornalista que foi belo fã e crítico de cinema, depois dedicou-se mais a coisas GLS, inclusive teve uma coluna a respeito, acho que na revista São Paulo.
Facebook costuma ser emocional e impreciso, quando não de má-fé. Então, dou a versão com reservas: ele sentiu-se mal e foi a um PS. Lá foi diagnosticado com uma infecção e dispensado. Voltou para casa, passou mal e morreu do coração.
A pergunta imediata é: como mandar para casa um cara com precedente de problemas cardíacos, quando ele chega passando mal, descobrindo uma infecção?
Se isso for verdade, trata-se de uma incompetência, uma arrogância e um senso de humanidade raro, característicos da medicina brasileira.
Não falo das belas exceções. Falo da terrível regra.
Penso nessa gente de CRM e similares, que fazem fofoca contra os médicos estrangeiros e os chamam de incompetentes, apenas porque eles se dispõem a ir atender nos fundões, onde os médicos brasileiros raramente se dispõem a trabalhar.
O que adianta pedir revalidação de diploma dos estrangeiros etc. e tal, se aqui fazemos o tempo todo papelões desse tipo?
Bem, espero que não tenha sido por um diagnóstico preguiçoso, evidentemente errado e irresponsável que Vitor Ângelo tenha morrido aos 47 anos.