Desde o fim da URSS, cada vez que o Ocidente intervém no Oriente Médio as coisas pioram um tanto.
Tiraram Khadafi, entraram no Iraque (Bush I) e deu na Al Qaeda e 11 de Setembro.
Então entraram no Iraque de novo (Bush II), mataram o Saddam.
Deu em Exercito Islâmico.
No meio disso existe a Primavera Egípcia, em que o ditador foi deposto para termos democracia.
E aí houve eleições e o presidente eleito foi deposto pelo exército.
E depois se puseram a estimular o enfraquecimento e a deposição do cara da Síria.
E ele se enfraqueceu.
E veio o EI, e aí só o Barack Obama percebeu com o que estava lidando.
Então chegamos aonde chegamos.
E não estou nem falando de Israel/Palestina…
E nem do Irã que, hoje, parece um poço de sensatez.
E nem da entrada da Rússia na história e do avião bombardeado.
E nem da Europa tomada pelos refugiados, que fogem, exatamente, de tudo isso (não se fale, ainda, dos refugiados que fogem da miséria africana etc.)
Muito bem:
Parece que já deu para notar que as políticas anti-Islã só dão em besteira.
A tentativa, claro, é levar a bela e boa democracia. À força, de preferência.
Abrindo mercados e espaços para as grandes companhias, de passagem.
Em vez disso não seria legal fazerem uma espécie de Plano Marshall, algo que permita a essas nações que se desenvolvam e vivam como melhor pretendam. Que sejam xiitas, se quiserem, ou sunitas, ou ateus, o que quer que seja.
Existe um belo filme a respeito, do Mike Nichols, “Jogos do Poder”. Fala de um grande lance americano no Afeganistão (contra os russos) e depois de como botaram tudo a perder. É isso que se precisa repassar.
Tendemos a viver momentos horríveis como os de Paris novamente.