A Lista

Por Inácio Araujo
Raro flagrante do lançamento de "Meu Nome é Tonho".
Raro flagrante do lançamento de “Meu Nome é Tonho”.

A associação dos críticos, que se chama Abraccine, está promovendo a escolha dos melhores filmes brasileiros segundo seus associados.

Cada um faz uma lista de 25 títulos, por ordem de preferência.

Como escolher, nessas circunstâncias?

Por um lado existe a doxa, e mais ou menos a gente sabe até o que vai dar: Deus e o Diabo, Vidas Secas, Limite etc.

Qual a alternativa?

Não existe alternativa que não seja meio boba, que não vise outra coisa que não favorecer a entrada de alguns filmes entre os mais mais etc. .

Imaginei que podia fazer, então, uma lista afetiva: feita de filmes que me marcaram em determinado momento da vida, por serem bons mesmo, porque me habitam ou habitaram, porque determinaram mudanças de comportamento etc.

Assim, pus em primeiro “Meu Nome É Tonho”. Foi o filme que me deu vontade de ir para o cinema, que me levou a me interessar de fato pela produção das imagens.

Cada um da lista terá sua razão. Não importa. Acho que são bons filmes, de todo modo.

Aí vão, para cotejar, para contestar, para aproveitar etc.

1. Meu Nome É Tonho – Ozualdo Candeias
2. O Canto da Saudade – Humberto Mauro
3. Filme Demência – Carlos Reichenbach
4. Limite – M. Peixoto
5. Ganga Bruta – H. Mauro
6. O Bandido da Luz Vermelha – R. Sganzerla
7. Deus e o Diabo – G. rocha
8. O Viajante – P.C. Saraceni
9. Serras da Desordem – Andrea Tonacci
10. São Jerônimo – Bressane
11. N oite Vazia – Walter Hugo Khouri
12. Cabra Marcado – Eduardo Coutinho
13. São Paulo s/a _ Person
14. Depois Eu Conto – J.C. Burle
15. Inocência – Walter Lima Jr
16. Dois Perdidos Numa Noite Suja – Braz Chediak
17. A Grande Cidade – Cacá Diegues
18. Terra em Transe – Glauber Rocha
19. Vidas Secas – Nelson Pereira dos Santos
20. O Império do Desejo – C. Reichenbach
21. Matou a Família e Foi ao Cinema – Julio Bressane
22. Os Cafajestes – Ruy Guerra
23. Esta Noite Encarnarei no Teu Cadaver – Mojica
24. Mulher – Octavio Gabus Mendes
25. Toda Nudez Será Castigada – A. Jabor