No passado existiu algo que chamávamos o Ministério das Perguntas Cretinas – era quando alguém fazia um questionamento óbvio, desnecessário, bobo.
O MPC era, no entanto, mais respeitável que esse MP paulista, cuja existência, ao que parece, é voltada à missão de pegar no pé do prefeito e devolver São Paulo à idade da pedra.
A última: não pode fechar a av. Paulista aos domingos porque isso e mais aquilo. As razões são cretinas o bastante para nem serem repetidas.
Se a gente pega o Rio, a av. Copacabana fecha todo domingo. Se pega Belo Horizonte, a Afonso Pena também fecha.
Aliás, aqui o Minhocão agora fecha aos sábados à tarde (já no tempo do Haddad) e que eu me lembre o MP não deu a mínima para isso.
Se preocupa com a Paulista. Oh, sim, lugar nobre, onde circulam mentes finas e bolsos cheios, oh, oh, oh…
Bem, no meu modesto entender melhor faria se desse uma atenção ao aborto que foi produzido na Marginal (acho que pelo José Serra, mas não estou certo), onde a gente nunca sabe se está saindo ou entrando de uma pista, tal a confusão que foi criada.
Podia olhar também para a estação Consolação do Metrô. Este me parece um escândalo maior que o Mensalão, maior que o Petrolão. Mas o nome devia ser diminutivo: o Metrôzinho.
Não dou a mínima se algum fornecedor de trem pagou propina para ganhar a concorrência. Os trens são bons.
Agora, a estação deve ter sido inspirada naquela cena de Metrópolis, em que os operários vêm e vão, dois blocos, por um caminho só.
Essas coisas são feitas para humilhar os pobres, os que andam de condução, como se diz. Isso é que não deveria admitir o MP.
Mas do MP paulista pode-se dizer o mesmo que Bioy Casares disse, certa vez, de dois escritores: se fossem marceneiros ninguém ia querer sentar nos bancos que fazem. É meio isso.
Agora, se é para pegar no Haddad, que seja observando a má qualidade de certos ônibus, o que acontece com a coleta seletiva que sempre aparece um caminhão clandestino antes dela passar e leva o que mais lhe interessa etc.
Não é que falte o que fazer. Falta fazer uns banquinhos decentes.