O fabuloso filme de Kubrick nos fala, em suma, uma maneira de combater a violência anárquica, perversa, com violência oficial.
Uma ficção, certamente.
Agora, no mesmo dia em que vejo um belo programa sobre o filme da série “Filmes que Marcaram Época”, do canal Curta!, vejo no telejornal que agora se difundem no Brasil os colégios militarizados.
Sim, os meganhas educadores.
Ou seja, para combater a baderna de classe das crianças pobres coloca-se nelas uma camisa de força. A disciplina como lei, como obrigação, como método. A repressão como método educativo.
No mesmo programa Elisabeth Roudinesco fala da ineficácia das terapias comportamentais. Ela diz que são ciclos, que afinal o sujeito retorna ao estado original.
No que vai dar isso?
Essa obsessão com a violência, que não reconhece aí, nem a pau, a questão de classe implícita, tem tudo também para acabar em besteira.