Uma menina vestida de branco, saindo com a família de uma cerimônia de umbanda, recebe uma pedrada na cabeça de um crente neopentecostal.
É um sinal muito ruim.
Primeiro, de que nossos níveis de intolerância crescem de maneira assustadora.
Não se concebe mais o outro como humano. É para ser atacado, dilacerado, literalmente demonizado.
Ok, essas igrejas são histéricas.
Mas não são só elas.
O grave, me parece, é que desde os 1980, desde que o pastor tal comprou a TV Record, existe ali um claro projeto de poder.
Então, à parte a pedrada, à parte a agressão pessoal, existe o Congresso, onde hoje há um poderoso grupo dessa gente.
São primitivos. Mas o Eduardo Cunha, que é o líder deles, não é.
Parece ser um belo aproveitador.
Mas só entra na onda porque a maré está favorável.
Se não se percebe o perigo a coisa vai engrossar, não vai ser bom.