Vergonhosa Continental!
A distribuidora de DVDs tem hoje mais nomes que atriz pornô.
Um que eu não conhecia (por experiência própria, em todo caso) é “Colecione Clássicos”.
Como de costume, a Continental tem bons títulos. Para minha surpresa, os discos que comprei rodam, o que nem sempre acontece.
As traduções continuam calamitosas.
Eles até pegam umas matrizes ok. Copiam as capas americanas ou francesas. Fica bonito.
Mas as legendas são feitas aqui, quer dizer, são feitas ou pelo Google translator ou por algum maluco.
Peguei uns casos sintomáticos: quando se fala de uma peça de teatro, “play” vira “jogo”.
E quando um diretor diz que precisava “polir” o talento de uma atriz, o resultado é mais ou menos assim:
– O talento estava lá, mas eu pus um polonês…
Essa é uma aberração entre outras.
Agora, eu me pergunto por que uma distribuidora que tem bons títulos parece fazer questão de apresentar um serviço porco como esse.
E, o que é pior, desorganiza o mercado inteiro.
Hoje já existe uma razoável percepção de que o principal dos DVDs são os extras. O DVD simples qualquer garoto consegue na internet.
(Aliás, na internet encontram-se legendagens muito dignas, não essa picaretagem da Continental).
A Continental não tem extra nenhum. Se compra os direitos por que não paga um pouco mais pelos extras que se encontram nos DVDs e blu rays originais?
E, se vai traduzir pelo Google, ao menos poderia fazer uma cópia de trabalho para que se corrigisse o óbvio e não expusesse seus compradores a essa coisa ridícula.
No reino do Amir Labaki
Como sabe todo mundo, está rolando o É Tudo Verdade, com belos documentários. E nem todos devem tudo ao assunto que tratam.
Nessa categoria estão o filme do Coutinho, o do Carlos Nader, o do Orson Welles (entre os que conheço, claro).
Um outro belo trabalho no ramo dos festivais paulistas.