Caixas e mais caixas

Por Inácio Araujo

 

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Hitchcock

Bem, agora que o mercado de DVD está quase parando, algo muda bastante.

Por exemplo, essas belas caixas a que não faltam extras.

Algumas delas de que ainda não dei conta aqui (se dei, por acaso, e me esqueci, por favor, releve).

Hitchcock – São seis filmes em preto e branco. Dois da fase inglesa (Os 39 Degraus e A Dama Oculta) e quatro da primeira fase americana (inclusive Rebecca).

Acho que já tínhamos tudo editado no Brasil, mas pela Continental…

Agora são edições decentes, sem falar que tem extras.

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Filme Noir vol. 2

É inferior ao volume 1.

Será?

Uma caixa com “Mortalmente Perigosa” (vulgo Gun Crazy) não pode ser inferior a nada, se bem que esse filme de Joseph H. Lewis me pareça mais um policial B do que um noir. De todo modo é magistral.

E temos noirs clássicos, desses que não se contesta, como o soberbo “Os Corruptos” (The Big Heat), de Fritz Lang ou Pecado sem Mácula, de Anthony Mann, que é um filme menor (inclusive em produção), mas bastante interessante, ou ainda “A Dama Fantasma”, de Robert Siodmak.

O Justiceiro (vulgo Boomerang) é um Kazan raro. Pelo menos nessa versão ainda não vi. E não me lembro de ter visto antes. Idem para “Ato de Violência”, de Fred Zinnemann.

Também não vi ainda a hora e mais um pouco de depoimentos que a caixa promete, além de 12 min. de especiais. Mas, considerando o que tínhamos antes, só a minutagem já é lucro.

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A Arte de John Cassavetes

Pô, estou sem a caixa aqui na minha frente. Mas é o seguinte: são três filmes. Pouco para representar o artista que é John Cassavetes. Temos Minnie e Moskowitz (Assim Falou o Amor), Amantes (Love Streams) e “A Canção da Esperança” (Too Late Blues) que é um filme com Bobby Darin e Stella Stevens que não conheço.

Dos outros dois, obra-prima é “Love Streams”, uma coisa extraordinária.

No mais, há um documentário sobre J.C., que para ser franco me pareceu meio chato, mas pode ser que seja o meu humor no momento que não andava grande coisa.

O fato de essa caixa apenas começar a dar conta do cinema de Cassavetes não significa, nem de longe, que seja dispensável.