O CCBB vai engatar duas belas mostras que o Francis Vogner e o Paulo Santos Lima criaram e levaram adiante. Uma diz respeito à Nova Hollywood: bem completa, tem de George Lucas a Monte Hellman. Coisa muito forte.
Depois virá Jerry Lewis. O Francis disse que conseguir todas as cópias foi um parto, mas será uma maravilha, sem dúvida.
Tudo isso repõe um problema: quando a gente pensa em chegar perto do CCBB, normalmente as entradas já estão esgotadas.
Me pergunto por que não seria possível fazer convênios com outras instituições.
Por exemplo: a Sala Maria Antonia, pequena mas muito bem localizada, poderia ser um reforço, receber esses filmes.
Ela é muito bem programada pelo Cinusp, mas o público lá é pequeno.
Seria interessante ter um fôlego dado por essas mostras do CCBB, que são espetaculares.
Nem vou pedir o mesmo à Cinemateca. Tem uma das melhores salas de SP e também ninguém vai lá.
Não sem razão. Se a direção arrumasse um jeito de a prefeitura colocar uma navete entre o metrô e a Cinemateca, seria interessante.
Se conseguisse ou pudesse ou quisesse se enturmar nas mostras do CCBB, melhor ainda.
O CCBB, diga-se, faz hoje um serviço que a Cinemateca Portuguesa sempre fez com grande vigor, que é o de preparar catálogos notáveis sobre as mostras.
Claro, a Cinemateca também pode e deve ter sua própria programação. Como a Sexta-Feira, 13, que terá uma série de filmes de terror no próprio dia.
Mas ela precisa primeiro dar um jeito de ressuscitar aquela sala. Na última vez que fui lá, nem o café funcionava. Assim fica difícil.