Sim, voltamos à lenga-lenga. Embora exista a promessa de um Garrel (O Ciúme), mas a distribuidora nem vai fazer exibição prévia, pra se ter uma ideia da expectativa em torno do filme (que foi a Veneza e tal; mas aqui não tem conversa: estamos decididos a ser nação mais cinematograficamente boçal do universo).
Mas o DVD ainda reserva algumas surpresas interessantes.
Em geral vêm da Versátil, que lançou uma caixa de seis filmes sobre a Primeira Guerra. Para não falar de “A Grande Ilusão”, de Renoir, que já circulava bem circulado, eis o que me chamou mais a atenção na caixa: “O Grande Desfile”, mudo, de King Vidor, “O Rei e o Cidadão”, de Joseph Losey, e o “Adeus às Armas” de Frank Borzage.
O tom geral é pacifista, com ênfase na carnificina que foi a Grade Guerra. Ainda estou para ver o disco 3, que tem “Cruzes de Madeira”, de Raymond Bernard, que é um filme muito falado na França, e “Guerra, Flagelo de Deus”, do Pabst, cujo título fala por si mesmo.
Mas o que estou guardando para rever, com toda a calma do mundo, num dia sossegado (vamos ver quando virá), é o “Harakiri” de Kobayashi. Até hoje acho um dos maiores e mais dolorosos também samurais do cinema. Acho que continuará sendo. Esse, aliás, saiu também em blu-ray.
Ou seja, de novo quem nos salva é o DVD. Nos cinemas é uma barangagem só.