1. O comentário mais profundo que vi veio de Mario Magalhães, no UOL: A vitória de Dilma Rousseff é muito significativa porque ocorre no turbilhão de muitos fatos desfavoráveis: roubalheira da Petrobrás, capa da Veja, economia problemática.
Ele acrescentou: ela derrotou tudo isso.
E falou da história do bar do Leblon onde ele esteve: todos os clientes eram Aécio. Todos os garçons eram Dilma. Aí está a divisão do país, independentemente de virtudes e defeitos dos candidatos.
Mario Magalhães é muito inteligente, essa a questão.
2. Na GloboNews, Renata Lo Prete tinha de tourear o Merval Pereira, que estava com cara de enterro. Ele ia ser chefe da comunicação do Aécio ou algo assim? O cara só faz repetir slogans de campanha. Acho um desperdício da Renata, que é muito boa, e precisa abdicar de dizer algo interessante em favor de ficar lá na tourada, tentando equilibrar um pouco a coisa. Merval inclusive já queria começar um movimento golpista ali mesmo. Pô…
3. Já o William Bonner na Globo estava discreto, equilibrado. E a militância do PT que estava ouvindo o discurso da Dilma foi vergonhosa, com uns cânticos grosseiros inaceitáveis. Essa grosseria já vi os ricos fazerem aqui em São Paulo: não dá pé.
4. Aécio Neves falou pouco e bem no seu depoimento.
5. Dilma falou falou e, cá pra nós, não disse nada. Nem uma palavra, mísera, sobre um problema básico: a natureza, o respeito à natureza. Era importante para cobrir esse vazio que é a auto-anulação de Marina Silva. Que ideia foi essa de apoiar o PSDB? Só pode vir da cabeça do Walter Feldman. Aí ela não transferiu voto algum e o Aécio perdeu. Claro que estavam certos os caras que se demitiram da Rede.
6. Previsão: o embaixador Rubens Barbosa vai dar plantão mais quatro anos no programa do William Waack, é isso?