Há quem reclame. E consta que a audiência dos canais pagos sobe na hora em que entram os políticos.
Como eu sou do contra, discordo.
Me parece que a propaganda eleitoral gratuita é das coisas mais interessantes de uma eleição.
Evidente que os candidatos majoritários exageram em suas virtudes e nos defeitos dos adversários.
A verdade mora num poço.
Mas o poço está lá: nos trajes, nas expressões faciais, nos penteados, entonações. Para alem da retórica publicitária surgem, no fundo das imagens, evidências a nos falar do que pretendem os candidatos (os que têm chance, os “sérios”, vamos dizer assim).
E, para descansar um pouco desses, temos o pessoal do folclore, querendo de alguma maneira se notabilizar.
Há, por exemplo, o Fulano da Farmácia. Mas de qual farmácia? E o outro da padaria… Do Lava-jato e por aí vai.
Claro, ninguém aguenta ver isso todo dia. Mas, como já temos o hábito, basta ver vez por outra. É uma informação útil, no fim das contas: nas entrelinhas ficam os interesses que estão sendo defendidos por tal ou qual candidato, e isso é bem importante na hora de votar.