Uma noite nos autógrafos

Por Inácio Araujo

E agora que passou, digo que a noite dos autógrafos de foi ótima e foi um pouco angustiante.

A noite em que a gente lança um livro – este se chama “Urgentes Preparativos para o Fim do Mundo” – é uma oportunidade de receber os amigos, de às vezes reencontrar os que não vemos há séculos, e mesmo de conhecer pessoas novas.

É, sobretudo, um ponto de passagem ritual: quando o que a gente escreveu deixa de nos pertencer, passa àqueles que vão ler, gostar, estranhar, conversar ou silenciar.

É o dia em que é melhor estar na mesa, recebendo as pessoas, do que fazer aquela fila a que os amigos são forçados. Essa fila me irrita quando sou que estou nela. Me incomodava um pouco quando eu estava lá sentado.

É quando também se atenta ao aspecto físico do livro: está feio ou bonito? A capa corresponde ao conteúdo?

Então, para começar, preciso agradecer ao Samuel Leon, que topou editar o livro, ao Sergio Sister, que cedeu o belo trabalho que serviu de base à capa que o Eder criou com talento.

Agradeço a M. de Montaigne pela epígrafe.

Dediquei o livro a três pessoas importantes em minha vida.

A Carlos Reichenbach, essa pessoa tão especial, que me ensinou o que era o cinema e foi o melhor amigo de tantos anos.

A meus pais, que me fizeram desde muito cedo, desde antes de eu saber falar direito, o prazer da literatura.

Esses todos fizeram a parte deles.

A minha, vamos ver…