Havia alguém grande do teatro mundial a que eu nunca assistira. Já vi Strehler, Peter Brook, Bob Wilson – faltava Ariane Mnouchkine.
Não é fácil ir até ela e seu grupo, na Cartoucherie. É do outro lado de onde estou, aqui no proletário metrô Guy Mocquet.
Mas seu Macbeth é algo extraordinário, que trabalha todos os sentidos: texto, som, cenário, luz, atores. É tudo espantoso e também grandioso.
Dizem que costumava ser mais intimista. Já ouvi dizer que estava hollywoodiana. Eu diria que sim, no melhor sentido: do espetáculo total.
Para resumir, o Theatre du Soleil é o único sol que vi em Paris nesse verão que parece nosso inverno (a diferença é que chove).