“A Morte da Linguagem” me pareceu um filme da urgência. Da emergência mesmo. Por isso passa na frente do Ritrovato. 3D. E de novo um navio. Só que menor, de passeio: E dentro essas pessoas, velhas em geral, com ar de perdidas.
E também um cachorro. Pra cá e pra lá. E um mundo que desmonta, esquece de si mesmo. A doença parece estar por toda parte, talvez até no jovem casal do filme.
Impossível seguir tudo: tudo interfere em tudo. As palavras, os silêncios que as cortam, o 3D é outra interferência) as frases geniais que Godard sabe recolher e aproximar como ninguém:que mais se pode dizer nesse maldito teclado francês, todo diferente do nosso?
É urgente.
Não se dobra a nada, nem ao 3D, sobretudo não a ele: o desencanto do mundo irrompe com uma vitalidade incrível, e de repente tudo é novo outra vez.
O pessimismo total e o renascimento total.