É o título do filme de Carlos Nader que ganhou o É Tudo Verdade deste ano.
Não sei dos outros, mas é um belo e sensível filme.
Escrevi sobre ele para a Folha.
Mas o que me impressiona, o que eu quero dizer agora, é que, sendo um fã e discípulo de Eduardo Coutinho, Carlos Nader não é um bom entrevistador.
O princípio de todo o filme é uma pergunta absurda, sobre o sentido da existência, se lembro bem, dirigida a alguns caminhoneiros.
Mas ele deve ser um bom amigo. E cultivou uma bela amizade com o homem que acabou virando o seu personagem.
Daí resultou o belo filme, da proximidade entre eles, da intimidade que Nader estabeleceu com a família. Do tempo que conviveram.
Não da entrevista. Temo que não seja um dom dele. Achei fraco o filme sobre Coutinho, a entrevista com o Coutinho, as perguntas… Coutinho poucas vezes pareceu sentir-se à vontade.
Mas, que importa? A amizade era sincera.