+ 1

Por Folha

O quê? De novo?

Agora é toda semana?

Parece que baixou uma Gripe Espanhola na minha geração.

Outro dia foi o Ricardo Miranda. Agora o José Wilker.

Já me sinto um sobrevivente.

Preciso preparar meus negócios.

Mas estou tranquilo: não posso morrer enquanto a Gafisa não mandar os documentos que tem que mandar para o Bradesco liberar meu consórcio e eu pagar o apartamento que comprei.

A novela se arrasta há uns 4 meses. Acho que isso vai me garantir até uns 90 anos.

Depois… bem, depois nosso blog fica acéfalo. Há quem diga que há é acéfalo.

De todo modo, pelo sim pelo não vou começar a escrever minhas memórias.

Uma delas: “Cessa acefalia em São Sebastião”.

Era uma manchete do Estadão no tempo em que eu trabalhava no JT. A gente se dobrava de rir, eram coisas de velhos jornalistas. Queria dizer que já tinha um novo prefeito na cidade, que estava sem, não me lembro porquê.

Mas desconfio que quem fez isso, o velho jornalista, se dobrava de rir muito mais que a gente e ainda criava uma bela sonoridade.

Outra?

“Violada em pleno auditório”.

A manchete clássica do NP, quando o Sérgio Ricardo jogou o violão na plateia.

O jornalismo não dava bola para a exatidão. A exatidão derivava da invenção. Era o moderno.

Éramos modernos.

Boa noite, José Wilker. Você foi um grande canastrão, o mundo precisa deles.